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✰ 05/09/1924 ✞ 22/12/1996
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Maria Sotero de Matos esse é o nome de batismo da Dona Maria, nascida em 05 de setembro 1924, na comunidade de Barro Vermelho, zona rural de Limoeiro do Norte, Ceará, filha de Raimundo Ferreira de Matos e Joanila Sotero de Matos, seu pai agricultor e sua mãe costureira e professora, tinha mais 07 (Sete) irmãos: “Mundica, Chico, Filó, Odorico, Rosinha, Alice e Dedé”, ela foi a segunda filha da união dos seu pais, passou sua infância e adolescência na companhia de seus pais até eles se mudarem para a comunidade de Sítio Paraíso na cidade de Russas, e lá ela conhece e casa-se aos 25 anos com o também agricultor Antônio Ferreira Filho, com quem teve 04 (Quatro) filhos: “José, Antônio, Edilson e Maria das Dores”. Viviam uma vida simples, trabalhavam os dois na agricultura para manter a família, tudo ia bem até seu esposo falecer, deixando ela aos 34 anos, viúva com seus 04 (Quatro) filhos para criar sozinha numa época em que não existia pensão para viúva. Com a perda do marido e as dificuldades que ela passava sozinha com seus filhos ela pede aos pais para passar uns dias com eles até as coisas melhorarem. Passado um tempo ela volta para a comunidade em que nasceu, e passa a morar na casa velha que era de seus pais. Naquela época as coisas muito difíceis, sofreu muito para criar seus filhos, trabalhava de diárias rurais junto com os filhos mais velhos, plantava feijão, mandioca, milho, criava galinha, ovelha e porco no pequeno pedaço de terra em que tinha. Passou por muitas dificuldades, mas nunca deixou de ser uma pessoa correta, confiável e digna de respeito. Não era de falar muito, de sair contando o que pretendia fazer, e as dificuldades que passava. Pelo contrário era muito decidida. Então casou-se novamente com Miguel Rodrigues da Costa, o fato curioso é que quando foi para casar pela segunda vez, não falou para ninguém, nem mesmo para seus filhos, saiu pela manhã para a cidade vizinha em São João do Jaguaribe, convidou uma amiga para ir com ela e pedindo para que vestisse uma roupa melhor, e só falou que ia casar quando chegou na cidade vizinha. Os motivos de pouco falar de sua vida, era devido esperar que as coisas se realizassem da forma como ela pensava. Com o novo casamento teve mais 02 (Dois) filhos: Raimundo e Aparecida, diferentemente do primeiro casamento ela sofreu muito, o segundo marido era muito ciumento e por algumas vezes saia de casa e passava dias sem dar notícias. Mesmo com esse jeito de ser de seu marido ela não deixava de cumprir com suas obrigações de esposa, cuidava dele mesmo quando não estava em casa, mandava suas refeições todos os dias pelo seu filho mais novo. Maria Sotero de Matos era muito vaidosa adorava se arrumar, e se maquiar, se perfumar. Quando ia sair de casa se arrumava toda, organizava sua bolsa com todos os seus acessórios, para que caso fosse passar mais dias, não ficaria sem poder se cuidar de sua vaidade. Boa filha que era, trouxe seus pais para morar com ela, passando a cuidar deles até falecerem. Muita católica e devota de nossa Senhora da saúde, fez com que ela tivesse fé e esperança de poder curar-se de um câncer na mama, a doença fez com que ela retirasse uma das mamas, fez todo o tratamento e ficou curada. Adorava costurar, fazia bonecas, encosto de porta em formato de gato e cachorro. Sempre que podia ia a Fortaleza para casa do seu filho mais velho José. Devido morar próxima a casa de seu filho Edilson e ter muita proximidade com sua neta ela tinha muito cuidado e carinho com sua neta Eudênia. “Mariquinha de Joaquim Francisco, Caboca, Maria de Nelsinho, Francisca de Zezinho” eram alguns de seus amigos. Maria Sotero de Matos, enfrentou sua batalha de forma elegante, foi viúva duas vezes, viu-se só com seus filhos para criá-los, teve um irmão desaparecido, enfrentou um câncer e mesmo assim, combateu as dificuldades da vida com honestidade e garra, sem desrespeitar ninguém e sem deixar de lado os seus valores. Todos os que amam a senhora deixaram de ter o privilégio da sua companhia. Mas entre nós a senhora se mantém presente, através do amor e da saudade que deixou no coração de cada um de nós. E nas nossas memórias a senhora continuará vivendo, e nas nossas saudades estará eternamente presente, nós familiares: filhos, netos, bisnetos, irmãos e amigos somos muito gratos por tudo que a senhora fez.