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✰ 09/06/1922 ✞ 09/09/2017
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Maria Joana dos Anjos conhecida como Dona Neném, 3º filha em um número de 4 irmãos, ganhou esse apelido de Neném porque uma das suas irmãs tinha o primeiro nome igual ao dela e para diferenciara-las resolveram chamá-la de Neném. Nascida em 09 de junho de 1922 na cidade de Jardim de Piranhas no Rio grande do Norte, filha de agricultores, teve que encarar as dificuldades da vida logo cedo. Perdeu sua mãe quando ainda era criança e assumiu as responsabilidades inerentes do dia-dia de quem vive no campo. Mesmo sendo criança seu pai o obrigava a fazer todo o trabalho de casa sem deixar tempo livre para que ela pudesse fazer o que uma criança deveria fazer nessa idade, que é brincar. Foi um momento difícil. Como tudo na vida tem o seu tempo, o tempo passou e ela conhece um viúvo e aos 19 anos ela se casa com Manoel Bernaldino Filho, com o casamento veio os filhos e em 1951 sai da sua terra natal e vai morar em Jaguaribara, uma cidade do interior do ceará na fazenda de Chicó Cassiano, a procura de uma vida melhor. Sempre foi uma mulher amiga por onde passou, e logo fez boas amizades na sua nova morada, alguns dos seus amigos: Neto Salvino e Lucimar, Seu Mário e Dona Maria, Dona Francisca e Seu Pedro, Dona Etelvina, Chiquinho Totô... Como a nova morada era em uma fazenda, em troca da moradia e alimentação todos trabalhavam cuidando do gado e da roça. E em um certo dia a vida te apresenta mais um desafio, grávida e esperando seu 9º filho seu esposo a deixa e ela se ver sem marido com 8 filhos para criar e esperando um na barriga. Mulher de garra e resolvida que era não se abalou com a situação, juntou forças para criar seus filhos e até lutou pela guarda deles. Por ser religiosa sabia que poderia contar com Deus, pois ele não iria deixar ela e seus filhos desamparados. Trabalhou até de resguardo para garantir que seus filhos não passasse fome, e com sua determinação, garra e uma boa saúde criou todos eles sem ser preciso dar nem um a ninguém. Suas obrigações eram acordar as 4 horas da manhã com a ajuda de uma das suas filhas mais velha para carregar 23 latas de água na cabeça passando por cercas para encher um barreiro onde os porcos ficavam para se refrescarem, alimentar o rebanho de gado e cuidar de um cavalo de lote da fazenda, trabalho duro mais feito com muita dedicação e gratidão, trabalho esse que ajudou a criar seus filhos. Não gostava muito de carne vermelha, mas como uma boa nordestina adorava feijão, arroz e leite. Mesmo com as dificuldades que a vida lhe apresentava ela não murmurava e nem desanimava, ao contrário buscava sempre melhoras. Por ser católica e buscar saber mais sobre a vida e as coisas de Deus se alfabetizou mesmo depois de ter todos os filhos. Com a alfabetização aprendeu a ler e lia sempre que podia pois adorava ler. Alguns dos seus ensinamentos que lembra muito ela são esses: “Fazer o bem sem olhar a quem”, “onde viu lá deixou”, “não sei, não vir, não agrava ninguém”. Não era de ter ídolo, mas se perguntasse de quem ela gostava, ela falava “Padre Marcelo Rossi”. Adorava plantar, sua casa era repleta de plantas ornamental e medicinal. Maria Joana dos Anjos uma pessoa que adorava servir, ajudar, ser caridosa e não media esforços para ajudar alguém. Queria ser lembrada com alegria pois era o que ela dizia “que bom é ser alegre pois tristeza não paga dívida”.
Orgulho e saudades de seus filhos, netos, bisnetos, tataranetos e amigos.